Dos 116 incêndios registrados no Pantanal, 83 já foram extintos, enquanto 33 ainda permanecem ativos, sendo 21 deles controlados. Essas informações foram divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima na última terça-feira. O boletim também destacou que, além do Pantanal, os esforços federais contribuíram para extinguir e controlar 65% das queimadas nas regiões da Amazônia e do Cerrado.
Entre 1 de janeiro e 1 de setembro de 2024, o Pantanal perdeu 1.708.750 hectares para o fogo, representando 11,3% da área total do bioma. Na Amazônia, 8.054.350 hectares foram devastados, equivalentes a 1,9% de sua extensão. Já no Cerrado, 8.994.925 hectares foram queimados, o que corresponde a 4,53% do bioma. A maior parte dos incêndios é atribuída à combinação de fatores climáticos extremos, como a seca mais severa dos últimos 75 anos, além do uso inadequado do fogo.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou em entrevista a importância de endurecer as penalidades para crimes ambientais, como as queimadas ilegais. Segundo Marina, a criação de uma figura legal que reconheça a 'emergência climática' seria fundamental para fortalecer o combate às queimadas provocadas por ação humana. "Não é justo que você tenha uma ação criminosa com intenção de queimar e depois fique todo mundo cobrando das instituições públicas que corram atrás do fogo", afirmou.
O reforço do planejamento das ações no Pantanal começou em setembro de 2023, com o Governo Federal adotando medidas preventivas para evitar que as queimadas atingissem proporções ainda maiores. O agravamento das mudanças climáticas, a escassez hídrica e o uso indevido do fogo resultaram na antecipação das temporadas de incêndios. Contudo, as ações preventivas têm ajudado a mitigar os danos e a evitar cenas de destruição ainda mais intensas.