Sob a presidência do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a primeira reunião deliberativa da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, nesta quinta-feira (27), já aprovou propostas com potencial de gerar empregos, atrair investimentos, ampliar parcerias científicas e reforçar a pauta ambiental. Sete tratados que, agora, vão a Plenário, têm impacto direto no Brasil e, em especial, Mato Grosso do Sul.
Também foi aprovado o pedido de audiência pública sobre o Tratado Global de Combate à Poluição por Plásticos, em negociação na Organização das Nações Unidas. O presidente da CRE associou o tema ao movimento “Plástico Zero”.
“Lá no meu estado, tem uma campanha de plástico zero, liderada por um grande comunicador do Mato Grosso do Sul, o senhor Oswaldo Rezende Júnior.”
A discussão do tratado, ainda de acordo com o senador Nelsinho Trad, é urgente porque busca criar regras internacionais para reduzir a produção e o descarte inadequado de plásticos, que poluem rios, lagos e oceanos — afetando diretamente a pesca, o turismo e a saúde das pessoas.
“No Pantanal e em outras regiões do MS e do Brasil, o plástico acumulado impacta a fauna, contamina a água e compromete cadeias produtivas locais”.
A gerente de advocacy da Oceana, Lara Iwanicki, destacou que “é um debate bastante diverso. A gente está muito feliz de contar com o apoio do senador Nelsinho Trad, para a gente discutir esse tema aqui na comissão, que é a comissão que vai receber o tratado”.
Além da pauta ambiental, foram aprovados acordos internacionais com potencial de impacto direto para MS:
- Cooperação técnica com a Armênia: relatado por Nelsinho Trad, o acordo fortalece áreas como saúde, educação e agricultura, com ganhos para regiões do interior como o MS;
• Bitributação com a China: pode facilitar novos investimentos e geração de empregos;
• Parceria com a Suécia: foco em inovação, tecnologia e sustentabilidade, áreas ligadas à agroindústria;
• Serviços aéreos com Albânia e Costa do Marfim: esses acordos favorecem o turismo e as exportações;
• Cooperação científica com a Guatemala: amplia possibilidades para instituições como a UFMS;
• Adesão ao Estatuto do Comitê Internacional de Medicina Militar: reforça a resposta a emergências, especialmente em áreas de fronteira.
A comissão também aprovou requerimento do senador Sérgio Moro para criação de uma subcomissão destinada a verificar, in loco, a situação política e social da Bolívia.“Quando a Bolívia teve a adesão aprovada ao Mercosul, fiz um voto contrário por preocupações com as condições democráticas no país. […] A comissão aprovada à época não funcionou. Agora, com nova composição e presidência da CRE, faço novo requerimento para que possamos visitar o país e verificar denúncias de perseguição política, como no caso da ex-presidente Jeanine Áñez.”
Moro solicitou a participação do presidente Nelsinho Trad no grupo.
