09 de Julho, 2025 15h07mNoticias

Capital tem 70% do asfalto comprometido e precisaria de R$ 1,5 bilhão para recapeamento

A CPI do Consórcio Guaicurus na Câmara Municipal de Campo Grande encerrou a fase de depoimentos nesta quarta-feira (9) ouvindo o secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e a secretária especial de Planejamento e Parcerias Estratégic

Secretários de Infraestrutura, Planejamento e diretora-adjunta da Agetran foram ouvidos pela CPI. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
Secretários de Infraestrutura, Planejamento e diretora-adjunta da Agetran foram ouvidos pela CPI. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)

A CPI do Consórcio Guaicurus na Câmara Municipal de Campo Grande encerrou a fase de depoimentos nesta quarta-feira (9) ouvindo o secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, e a secretária especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Catiana Sabadin. Ambos falaram sobre os investimentos da prefeitura em infraestrutura e mobilidade urbana. 

De acordo com Miglioli, a Capital tem mais de 1 mil quilômetros de vias públicas sem asfalto, com 40 km por onde passam linhas de ônibus. Além disso, cerca de 70% da malha viária está comprometida, sendo necessário atualmente em torno de R$ 1,5 bilhão para recapeamento. Caso o foco seja asfaltar apenas os trechos por onde passam os veículos do transporte coletivo, o investimento necessário é de R$ 250 milhões.

“Se nós formos falar do valor total que nós precisamos para recapeamento, nós podemos falar, né Katiana, de 1 bi e meio. Para todo recapeamento necessário hoje, a gente pode dizer com tranquilidade que 70% da nossa malha é comprometida e requer recapeamento”, afirmou o secretário.

 

Com o município em crise financeira, a prefeitura tem dificuldades para conseguir recursos para aporte de contrapartida em financiamentos junto a instituições financeiras. Catiana Sabadin informou que dos R$ 144 milhões do PAC Mobilidade, foram desembolsados R$ 37 milhões até agora.

O titular de Infraestrutura informou sobre as obras dos corredores de transporte, a exemplo da Rua Brilhante e Rui Barbosa, já finalizados. Há hoje em execução obras na Avenida Gunter Hans com os recursos garantidos. Há, porém, necessidade de continuidade nas estações da Rua Bahia, da Avenida Bandeirantes e as obras da Calógeras e Gury Marques, sendo este último o mais atrasado de todos.

“É uma questão que estamos buscando resolver. Temos planejamento, projeto, mas a execução depende da disponibilidade financeira”, disse Miglioli.

A diretora-adjunta da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Andréa Luiza Torres de Figueiredo da Silva, também participou da sessão da CPI. 

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O vereador Maicon Nogueira (PP) informou que, atualmente, 57 veículos do Consórcio Guaicurus estão proibidos de circular, interditados pela Agetran, por falta de inspeção, necessárias para segurança dos passageiros. “Isso é muito grave porque já tínhamos poucos ônibus. Isso é item contratual, não pode rodar sem inspeção”, afirmou.

Outro tema abordado foi sobre as estruturas dos pontos de ônibus, sendo que 2,1 mil ainda têm somente o “poste laranja”. O contrato de concessão estabelecia 500 locais com cobertura, mas apenas 180 foram instalados antes da empresa responsável rescindir o acordo após prejuízo financeiro com o aumento do preço do aço.

A prefeitura planeja uma Parceria Público Privada, a famosa PPP, para manutenção dos terminais de ônibus, conforme informado pela secretária Catiana Sabadin. 

A secretária especial de Planejamento informou que a licitação deve ser lançada ainda neste ano e os termos de referência já foram elaborados. Também foi informado que os terminais da Avenida Cafezais e do Bairro Parati não serão mais executados, porém há previsão para o terminal do Tiradentes, considerado prioritário, além do São Francisco e reforma do Terminal Morenão.

O vereador Dr. Lívio Leite (União), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, explicou que os depoimentos desta quarta-feira finalizam a fase de oitivas, passando agora a uma fase “mais silenciosa dos trabalhos”, em que são feitas as análises dos dados que vão embasar o relatório final. “Cada membro da CPI vai passar uma minuta com suas percepções, análises documentais para a relatora considerar no relatório final”, afirmou. A previsão é de conclusão até 15 de agosto, caso não seja solicitado mais prazo para análise dos dados.

Reprodução: O Jacaré 

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