
As mudanças climáticas estão tornando cada vez mais frequentes os episódios de calor extremo em Mato Grosso do Sul. Estudo inédito, realizado no Estado, aponta que quanto mais pobres, mais vulneráveis as pessoas ficam aos eventos de altas temperaturas.
Essa tendência foi constatada em Três Lagoas, a 327 km de Campo Grande, em pesquisa coordenada pela professora Gislene Figueiredo Ortiz Porangaba, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Doutora em Geografia, ela está à frente do levantamento intitulado “Risco e vulnerabilidade socioambiental a eventos extremos de calor em cidades do Mato Grosso do Sul”, que abrange Três Lagoas, Dourados, Corumbá e Campo Grande.
Interior – Em Três Lagoas, o levantamento inicial está concluído e revelou que, entre 2001 e 2022, houve aumento significativo na ocorrência de ondas de calor. No período entre 2001 e 2006, por exemplo, foram registradas apenas quatro ondas de calor. Já no intervalo mais recente, de 2017 a 2022, o número disparou para 16 ocorrências, mais que duplicando a frequência desses fenômenos.
O ano de 2019 se destacou como o mais crítico da série histórica (2001 a 2022), somando oito eventos extremos de calor. Nesses episódios, a população de Três Lagoas foi exposta a um total de 280 horas de calor excessivo, com os termômetros alcançando o pico de 40,7 °C em setembro, superando o limiar de 36,3 °C.
Reprodução: CampoGrandeNews.




















