Médica veterinária morre em Campo Grande com overdose de cocaína

Ela estava com um empresário em um motel, e espumava pela boca.

Polícia gazetacrnews em 17 de janeiro, 2020 15h01m
De camisa vermelha, delegado conversa com funcionários de motel (Foto: Henrique Kawaminami)
De camisa vermelha, delegado conversa com funcionários de motel (Foto: Henrique Kawaminami)

Ela estava com um empresário em um motel, e espumava pela boca.

Uma mulher de 29 anos, médica veterinária saiu correndo e gritando de um motel na cidade de Campo Grande, por volta das 20h, de ontem (16). Ela foi para o meio da rodovia e pessoas pararam para ajudá-la.

Uma dona de casa, de 34 anos, que preferiu não se identificar, conta que tentou conter a vítima. “Comecei a ouvir os gritos dela dentro do motel. Ela dizia que o homem iria matar ela e então ela saiu correndo para fora. Eu fiquei preocupada e vim tentar ajudar”, contou ao Campo Grande News na noite de ontem.

O empresário também teria tentado controlar a mulher antes de fugir. “Ele dizia que ela ia acabar com a vida dele, até que em determinado momento ele jogou as coisas dela na rua e foi embora”, completou a moradora.

Foi depois dessa confusão que a moça entrou entre o pneu e o eixo de um caminhão que estava parado no acostamento, próximo ao cruzamento com a Avenida Doutor Paulo Adolfo Bernardo, na região do Jardim Noroeste. O motorista do caminhão relatou à polícia que viu a jovem vindo em sua direção e conseguiu frear, evitando o atropelamento.

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Quando as equipes de salvamento chegaram ao local ela já estava morta, debaixo do caminhão.

O empresário que estava com a mulher é filho de pecuarista muito conhecido em Mato Grosso do Sul. A reportagem tentou, sem sucesso, contato com ele, no celular pessoal e por meio de advogados.

A principal tese da polícia é que a moça tenha sofrido uma overdose de entorpecente, por causa dos sintomas - agitação extrema, confusão mental, pupilas dilatadas. As testemunhas, pelo menos três pessoas, relataram que a jovem saiu gritando do motel, localizado na saída para Três Lagoas, em Campo Grande. Ela rastejava no asfalto e espumava pela boca.

Equipe que foi ao quarto do estabelecimento onde os dois estavam encontrou vestígio de substância que parece ser cocaína. Não havia sinais de violência – o quarto estava arrumado, segundo relatou um dos integrantes do corpo de investigação à reportagem. 

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