Uma mulher de 56 anos, identificada como Sueli Maria, assassinada na madrugada deste domingo (17) em Naviraí, localizado a 359 quilômetros da Capital é a 30ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano. O principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Carlos, que, segundo informações de familiares e vizinhos, não aceitava o fim do relacionamento.
De acordo com o portal de Notícias local, Panorama do MS, Sueli Maria foi assassinada durante a madrugada em sua casa, na rua Tim Maia, no bairro Jardim Paraíso. Segundo informações de familiares e vizinhos o ex-companheiro teria matado a mulher com uma paulada e facadas e em seguida retornado tranquilamente para sua residência.
Sua presença no local foi denunciada por populares, que ao saberem do ocorrido se revoltaram e planejaram linchar o homem com pauladas e pedradas na cabeça. Após Carlos desmaiar, os agressores deixaram o local acreditando que o suspeito estaria morto.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 8h50 e, ao chegar ao local, encontrou Carlos ainda com vida. O Corpo de Bombeiros realizou os primeiros socorros, restabelecendo sua consciência, e o encaminhou ao Hospital de Naviraí.
O caso foi registrado como feminicídio e está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Sueli Maria é a 30ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul.
FEMINICÍDIOS
Somando um registro de 29 casos de feminicídio entre 1º de janeiro e 16 de novembro de 2024, conforme demonstra dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O total acumulado já supera as 26 ocorrências no mesmo período do ano passado e se aproxima do total anual de 2023, quando 30 mulheres foram assassinadas
Desde 2015, quando a lei que define o feminicídio foi instituída, o ano mais violento no estado foi 2022, com 44 vítimas. Em 2021, foram registados 37 casos; em 2020, 41; em 2019, 30; e em 2018, 36. Nos anos anteriores, o estado contabilizou 33 vítimas em 2017, 36 em 2016 e 18 em 2015, o primeiro ano em que a lei entrou em vigor.
DENÚNCIA
REMOTO
Para denúncias remotas é possível ligar para 180. A Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
SITE
Aplicativo MS Digital está disponível para download em dispositivos Android e iOS e permite registrar ocorrências de forma rápida e discreta. É possível fazer a denúncia online na Polícia Civil, por meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares.
Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.br, clique no link "B.O. ONLINE DELEGACIA VIRTUAL" e, no Serviço ao Cidadão, clique em "REGISTRAR DENÚNCIA Violência contra a mulher"
SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIA, você fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.
Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) .
Reprodução: Correio do Estado.