Dourados: Mulher desvia mais de R$ 50 milhões de empresa para duas mães de santo

De vítima a suspeita.

Polícia gazetacrnews em 14 de outubro, 2020 20h10m
DEPAC de Dourados.
DEPAC de Dourados.

De vítima a suspeita. Essa é a situação atual da coordenadora financeira da empresa de máquinas agrícolas de Dourados, alvo de golpe milionário envolvendo mães de santo de São Paulo.

 O SIG (Setor de Investigações Gerais), da Polícia Civil, não divulga detalhes da apuração, mas a reportagem levantou que os policiais já identificaram por parte da funcionária padrão de vida incompatível com o salário oficial.

Há duas semanas, a mulher de 34 anos procurou a polícia e denunciou ter sido vítima de extorsão por parte de duas mães de santo, de São Paulo.

Ela relatou que durante 30 dias, como “penitência espiritual”, fez transferências diárias de dinheiro da empresa para 11 contas bancárias indicadas pela “Mãe Jade”, ainda não identificada pela polícia, e por Juliana Sambugaro, a “Mãe Ju”.

No final dos 30 dias, o montante desviado somou R$ 50,8 milhões, valor que espantou até mesmo os policiais envolvidos na investigação e até agora intriga a população de Dourados.

Identificada pelas iniciais ECP, a mulher alegou ter se submetido à extorsão diante das ameaças feitas pelas mães de santo, de que se não cumprisse a penitência poderia ser vítima de “espíritos malignos” até cometer suicídio.

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O Campo Grande News apurou que de início a polícia chegou a cogitar a possibilidade de que ela tivesse feito o desvio por problemas psicológicos. Há pelo menos dois anos ela fazia consultas online, primeiro com Mãe Ju e depois com a Mãe Jade.

Entretanto, assim que passaram a investigar o caso, os policiais perceberam que a coordenadora financeira da empresa mantinha padrão de vida incompatível com o salário mensal, de R$ 4.500, em média. Ela trabalha na empresa há pelo menos dez anos e ocupava função de confiança dos patrões. Após denunciar o caso à polícia, ECP foi afastada da empresa.

Cadeados – A reportagem apurou que não há por enquanto suspeita de que parte da bolada de R$ 50,8 milhões tenha sido desviada em benefício próprio da funcionária.

 - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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