PRG se posiciona contra a reforma trabalhista

Os pareceres da PRG foram emitidos antes do recesso do Judiciário.

Brasil gazetacrnews em 25 de dezembro, 2018 14h12m
Procuradora Raquel Dodge.
Procuradora Raquel Dodge.
Os pareceres da PRG foram emitidos antes do recesso do Judiciário.

Da Redação – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, emitiu pareceres em série contra a reforma trabalhista. As manifestações foram apresentadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) dias antes do recesso do Judiciário.

Partes dessas ações aguardavam pronunciamento da PGR para a corte dar prosseguimento à análise dos casos.

Os pareceres de Dodge são contrários total ou parcialmente a novas regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em vigor desde 11 de novembro de 2017. As mudanças foram aprovadas pelo Congresso e implementadas pelo governo de Michel Temer.

Dodge, porém, rejeita a correção de dividas trabalhistas pela TR (taxa referencial) e a de depósitos judiciais corrigidos pela poupança. Para a procuradora-geral, a correção pela TR é uma violação do direito de propriedade.

Raquel disse ainda que “A inovação trazida pela lei 13.467 (reforma trabalhista), com adoção do índice da caderneta de poupança para a atualização monetária, foi positivada com ofensa aos esteios constitucionais, sendo imperiosa a utilização de outro índice”.

O STF já proferiu decisões em que condena o poder público a repor as perdas de acordo com a inflação, disse.

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Para Dodge, a Justiça do Trabalho deve adotar o IPCA-E (índice de preços ao consumidor amplo-especial), do IBGE.

A procuradora também se manifestou contra a fixação de indenização por dano moral atrelada ao salário.

Para Dodge, a nova CLT promove uma série de ofensas. De natureza leve a gravíssima. Pela nova redação empregada a CLT, o juiz pode conceder até 50 vezes o salário do empregado a título de indenização. A Procuradora defende que o valor cabe ao juiz arbitrar.

A manifestação de Raquel Dodge, vem bem no momento em que Jair Bolsonaro, Presidente eleito já apregoa que é necessário aprofundar ainda mais a reforma trabalhista. Mas pelo visto, a classe trabalhadora será protegida pelo STF em respeito a Constituição.  

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