Relatório da comissão especial da Câmara Municipal de Campo Grande para apurar as contas da Santa Casa concluiu que é uma “questão de tempo” para que algum credor peça a falência do maior hospital de Mato Grosso do Sul.
Para justificar esta afirmação, o relator da comissão, vereador Wellington de Oliveira (PSDB), o delegado Wellington, apontou deficit de pelo menos R$ 291 milhões, considerados os valores circulantes e não circulantes do hospital. Embora o termo falência possa ser questionado para fundações (caso da Santa Casa), vereadores afirmaram que temem a insolvência do hospital.
Esse saldo negativo nas contas se aproxima do valor do convênio atual, que está em negociação. O valor vigente é de renovação com a prefeitura, que é de R$ 294.822.132,44, mas a Santa Casa quer mais.
Ontem, houve mais uma reunião entre representantes do município e da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), que administra o hospital, com a presença também de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério Público.
O vereador Wellington, no relatório da comissão especial que foi entregue na segunda-feira (18) ao prefeito Marcos Trad (PSD), afirma que a direção da Santa Casa deverá eliminar os gastos excessivos, caso queira alcançar um reequilíbrio financeiro.
O hospital, porém, caminha na direção oposta, afirma o parlamentar. “Entre os anos de 2017 e 2018, que foi palco de um aumento de R$13 milhões nos serviços prestados por terceiros”, informa o vereador.
A segunda medida sugerida pela comissão especial da Câmara para sanar as dívidas do hospital é a renegociação das dívidas, de modo a reduzir ou até mesmo extinguir a incidência de juros e demais tarifas inclusas na hora de pagamento.
Reprodução Correio do Estado.