O jornal o Estado de São Paulo publicou as principais propostas dos dois candidatos que disputam o cargo mais importante do país.
HADDAD - Fortalecer o mercado interno, com um plano emergencial de recuperação do emprego, políticas de distribuição de renda e oferta de crédito a juros mais baixos. O foco do plano emergencial de emprego é a retomada de obras públicas, investimentos na Petrobrás e em programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.
- Criação de linhas de crédito com juros menores e prazos de pagamento maiores
- Crédito para famílias que hoje se encontram no cadastro de inadimplentes
- Retomar obras inacabadas, selecionadas por importância estratégica regional, e pequenas iniciativas no plano municipal
- Reforçar investimentos no programa Bolsa Família, ao incluir famílias voltaram à pobreza
- Retomada dos investimentos da Petrobras
- Retomada do Programa Minha Casa Minha Vida
- Revogar a Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto de gastos no Orçamento federal
O programa de governo do PT aposta no investimento do setor público e na oferta de crédito mais fácil, com juros baixos, para estimular o aquecimento do mercado interno. É uma fórmula que foi vista em governos anteriores do partido, com a diferença de uma reforma tributária pensada para dar mais capacidade de investimento ao Estado (saiba mais em Proposta Tributária). A estratégia do PT para a retomada econômica se divide em dois eixos: um emergencial, com foco na retomada de empregos e acesso a crédito, e um de longo prazo. Este último prevê novos marcos regulatórios para definir o que é prioridade de investimento em cada região, com financiamento dos bancos públicos, além incentivo à reindustrialização, câmbio menos volátil, e a iniciativas de economia solidária. O programa também propõe que investimentos públicos, tanto do orçamento da União quanto das empresas estatais, não sejam computados na apuração do limite de gastos pelas regras fiscais.
BOLSONARO - Privatização e extinção de empresas estatais. Corte de gastos e de privilégios no funcionalismo público para equilibrar as contas públicas no menor prazo possível, com a intenção de buscar um superávit primário que estabilize a relação entre dívida e PIB
- Reduzir em 20% o volume da dívida por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União
- Privatização de estatais, com a exceção de poucas empresas estratégicas
- Redução no número de ministérios
- Simplificação das regras de abertura e fechamento de empresas
- Independência formal do Banco Central, com mandatos fixos de diretores
- Manter o tripé macroeconômico com câmbio flexível, meta de inflação e meta fiscal
- Criação de um programa de renda mínima para todas as famílias brasileiras
Privatização de estatais e corte de gastos do governo estão na base da plataforma de Jair Bolsonaro para reativar a economia. Ele propõe que recursos obtidos com privatizações e concessões sejam obrigatoriamente utilizados no pagamento da dívida pública, para equilibrar as contas do governo. A proposta ainda cita que em alguns casos podem ser mantidas "golden shares", quando o governo detém algum controle e poder de veto a algumas decisões, para contornar problemas políticos que podem emperrar a aprovação do pacote. O programa de Bolsonaro é também o único que propõe um programa de renda mínima "para todas as famílias brasileiras", além de manter o Bolsa Família. A ideia central no plano é que, com a diminuição do tamanho e do custo da dívida (pagas com as privatizações), o Brasil volte a ter grau de investimento e estabilidade monetária, além de mercados com mais competitividade.