Covid-19: Após alta hospitalar, 25% dos pacientes intubados morrem por sequelas

Da Redação – Matéria publicada no jornal Folha de S.

Saúde gazetacrnews em 21 de fevereiro, 2021 22h02m
Deise Paulo, 56 anos, morreu no dia 3 de fevereiro, por sequelas da covid-19. Ela ficou internada pela doença por 130 dias e em dezembro recebeu alta do hospital, mas continuou sendo cuidada em casa.   - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Deise Paulo, 56 anos, morreu no dia 3 de fevereiro, por sequelas da covid-19. Ela ficou internada pela doença por 130 dias e em dezembro recebeu alta do hospital, mas continuou sendo cuidada em casa. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Da Redação – Matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, expõe uma situação preocupante para todo o mundo. 25% das pessoas que foram infectadas por Covid-19 e que ficaram intubadas, mesmo depois da alta hospitalar, estão morrendo devido a (s) sequela(s) da doença.

Os resultados preliminares são do estudo Coalizão, conduzido por oito hospitais de excelência no Brasil e institutos de pesquisa, que avalia a qualidade de vida e os desfechos de sobreviventes de hospitalizações por Covid-19.

Os participantes são pacientes internados nessas instituições. São monitorados por ligações telefônicas a cada três, seis, nove e 12 meses após a alta hospitalar.

Os pesquisadores investigam, por exemplo, se eles foram reinternados por alguma razão, se sofreram eventos cardiovasculares e falta de ar e se voltaram ao trabalho e às atividades habituais.

Dados já disponíveis mostram que, no período de seis meses, a taxa de nova hospitalização geral desses pacientes foi de 17%. Entre os intubados na primeira internação por Covid, 40% tiveram que ser reintegrados.

A rede é formada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e os instituitos Brazilian Clinical Research Institute e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva.

Embora a intubação esteja associada a uma maior taxa de mortalidade e complicações nas internações e após a alta, é a gravidade da doença, e não o procedimento em si, a responsável pelos desfechos ruins.   

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O estudo Coalização está compilando as causas das mortes e das reiternações dos sequelados pela Covid, mas dados preliminares já servem de alerta para a importância do acompanhamento desses pacientes após a alta.

“O problema não acaba quando o paciente deixa o hospital. Temos agora um contingente absurdo de pessoas com sequelas de ma doença aguda que antes não tínhamos na sociedade. Falta de ar, por exemplo é super comum, mesmo em casos que não eram graves. Uma perda para as pessoas, uma perda para a sociedade”, diz Biasi.

Há muitas queixas de transtornos mentais após a alta hospitalar dos doentes da Covid. 22% relatam ansiedade, 19%, depressão e 11%, estresse pós-traumático.

Há também a síndrome pós UTI. São disfunções que acabam gerando sequelas importante como fraqueza muscular e redução da capacidade física.

Fonte: Folha de S. Paulo

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